O Poder Legislativo realizou audiência extraordinária para discussão e votação da Lei Orçamentária de 2016, e como sempre, o tema nevrálgico dos debates se encontrou no percentual de remanejamento a ser concedido pelo legislativo ao executivo.
Como sempre o governo enviou
projeto com proposta de 50% de remanejamento, e a oposição radicalizou com a
emenda modificativa com austeros 3%, fazendo assim com que o executivo não
acione seu rolo compressor tão facilmente, ainda mais em ano eleitoral.
A base do governo inicialmente
tentou negociar na casa dos 20% em busca de uma solução consensual, a oposição se
manteve intransigente nos 3%, os governistas reduziram para 10% e a oposição
firme nos 3% ou 50%, jogando o desgaste nos ombros dos vereadores da prefeita.
Na leitura do projeto com as
respectivas emendas modificativas, ambas as propostas foram a plenária, os 10%
da situação e os 3% da oposição, e o presidente para evitar um impasse na
plenária e para exarar os pareceres das comissões permanentes, ele suspendeu a
sessão e em reunião na sala da presidência ele tomou a iniciativa de bater o
martelo nos 7%, dando uma clara demonstração de seu alinhamento com o
percentual austero proposto pela oposição.
O líder do governo Clério
Tadeu ainda tentou resistir neste percentual, mas foi voto vencido na própria reunião
na sala da presidência, e ao que tudo indica, a prefeita ou alguém do governo
soltou o verbo em seu ouvido em telefonema recebido no meio da sessão, ele
estava claramente tenso e insatisfeito.
Outro ponto de inegável
relevância foi a aprovação por unanimidade e sem contestação da nova versão da “Emenda
Salim”, que autoriza o executivo a investir em convênios, serviços e subvenções
na ordem de 9 milhões de reais para o Hospital São Vicente de Paulo, este valor
foi resultado do remanejamento orçamentário de diversos setores do governo, principalmente
na verba de gabinete e no que será destinado para o contrato com a Top Mak.
Obviamente que a prefeita irá
vetar todas as emendas contidas no projeto orçamentário aprovado por
unanimidade pelo Poder Legislativo, e sem dúvidas que a prova de fogo dos
vereadores governista será na apreciação do veto, em que para derruba-lo será
necessário maioria de dois terços da casa, nove votos com o projeto aprovado
neste 15 de janeiro já contando com sete.